Feliz Daquele
No mundo, sobram problemas
Na vida de cada qual,
De lutar quanto precisa,
Ninguém escapa afinal...
Quem se encontra mais isento,
Na paz que busca manter,
Por sob “fogo cruzado”
Está cumprindo o dever...
Mas quem no bem não se abriga,
Ao longo do trilho estreito,
Toda a descarga do mal,
Recebe em cheio no peito...
Feliz daquele que avança,
Vacilante, mas consegue,
Aos ombros, suster a cruz
Na jornada em que prossegue...
Feliz daquele que olvida
Agressões de toda sorte,
E, na crença que possui,
Continua firme e forte...
Feliz daquele que é surdo
Ao vozerio ao redor,
Que se alteia, inconsequente,
No falatório pior...
Feliz daquele que é cego
Às imagens distorcidas,
Que, no espelho da maldade,
Aparecem refletidas...
Porém, feliz, sobretudo,
De quem ofensas esquece,
E de quem o fere a esmo
Apenas se compadece!...
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo” – Casa de Barnabé –, na tarde de sábado do dia 19 de junho de 1995, em Uberaba – MG)